Receber o diagnostico de doença renal crônica não é fácil, geralmente as pessoas associam DRC a hemodialise, mas não é bem assim, nem todos que são diagnosticados com DRC precisarão de diálise. No diagnóstico é importante entender em qual estágio da doença se encontra o paciente e como será o seu tratamento.

A doença renal crônica pode ser diagnosticada através de marcadores com alterações persistentes por mais de 3 meses nos exames de sangue ou de dano estrutural através de exames de imagem.


Importante classificar a DRC de acordo com a causa da doença, taxa de filtração glomerular + razão albumina/creatinina. Para isso, utilizamos a tabela de estadiamento da DRC com base nos exames de sangue mais utilizados na prática clínica:  creatinina ou creatinina + Cistatica C, com base no resultado calculamos a taxa de filtração glomerular através de um aplicativo, adicionando ao cálculo dados como idade e sexo. Outro exame de bastante relevância é a amostra isolada de urina, podemos solicitar a RAC para avaliar a presença de albuminúria e o nível dessa perda de albumina na urina, que caracteriza dano estrutural.


A doença renal crônica é subdividida em 5 estágios e para classificarmos utilizamos a tabela de TFG com albuminúria. 


Exemplo: Um paciente com TFG de 34 ml/min/1,73² seria classificado no estágio G3b (são os estágios da tabela abaixo na horizontal), cruzamos essa classificação com o nível de albuminúria da tabela vertical, supondo que esse paciente apresente uma albuminúria no exame de RAC de 280 mg/g de creatinina, seria classificado no A2.


A classificação desse paciente seria estágio G3b - A2, cruzando esses dados chegaríamos ao quadrado vermelho que seria um risco muito alto para progressão da doença e entrada em dialise.